quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Riachão do Jacuípe - Casal nega participação no sequestro de Leila

 
 
Desde o dia 30 de julho que o casal Maurício Carvalho de Oliveira, 27 anos, e Lusitânia da Silva Matos (Tânia Capeteira), 37 anos, estão em liberdade. Os dois foram acusados de serem os mentores da tentativa de assalto à Joalheria Mascarenhas, no dia 18 de março de 2015, quando Leila Regina, então grávida de sete meses, seu esposo Ivan Fonseca e a filha de Ivan, de apenas 10 anos, foram mantidos como reféns por 6 horas em poder de 03 bandidos. Tânia e Maurício falaram com exclusividade ao Denoticia e alegaram inocência. Segundo o casal, Cristiano, que é irmão de Tânia, juntamente com 05 amigos, esteve no sítio, próximo ao bairro Terra Nova, em Conceição do Coité, onde residiam Maurício e Tânia. Maurício disse que, na segunda-feira (16), Cristiano pediu para que ele e os amigos pudessem fazer as refeições em sua casa, pois os amigos teriam vindo de Salvador e por causa da “correria” não houve tempo para procurar um lugar para se alimentar. No início tomaram o café da manhã. Em seguida, resolveram almoçar, jantar. Por fim, pediram para dormir, alegando que não queriam viajar à noite, por conta dos faróis ruins do veículo (um Corsa hatch). Segundo Maurício, na terça-feira (17), pela manhã, quando acordou já não encontrou nem Cristiano nem os amigos. No dia seguinte Maurício viu uma matéria em um site da região, onde fala sobre o sequestro. Nas fotos foram reconhecidos os meliantes, que haviam dormido na residência do casal. No mesmo dia, a polícia esteve no sítio, à procura de Cristiano. “Foram várias viaturas”, disse Maurício. “Deita! Deita! Perdeu! Perdeu!”, ressaltou sobre a polícia. Entraram, revistaram a casa do casal e depois apresentaram um dos bandidos envolvidos no sequestro, que afirmou terem feito as refeições e dormido no sítio da dupla. Os dois confirmaram que os criminosos estiveram por lá, mas negaram qualquer participação. “Somos tão vítimas quantos o casal sequestrado”, disse Tânia. O casal foi detido e passou 04 meses e 16 dias presídio, em Feira de Santana. “Tenho uma história de trabalho em Riachão. Ralei muito para criar meus filhos”, completou Tânia.
 
 
Alvara 
Alvarás de soltura
Vida na prisão
  Sobre a prisão, casal contou que passou os piores momentos de suas vidas. Segundo Maurício, ele teve que presenciar pessoas sendo esquartejadas durante a rebelião. Ele disse ainda que durante todo esse tempo não recebeu nenhuma visita. Já Tânia, falou que era muito humilhada, pois sempre que o advogado ou um parente comparecia no presídio, tinha que ficar despida e se agachar quatro vezes seguidas. “Só usava creme dental quando meus parentes levavam. Eu não tinha mais nome. Era conhecida por um número”, contou Tânia. “Uma sensação horrível”, acrescentou. Em relação ao preconceito que vai enfrentar, Tânia disparou: “Quem vai me julgar é Deus. Ele sabe que a gente é inocente. Na última audiência, a juíza concluiu que a gente não tinha envolvimento nenhum e deu o alvará (de soltura) de nós dois pra gente voltar pra casa”. O casal contou ainda que teve uma despesa de R$ 38 mil reais em todo esse processo.


Fonte: www.denoticia.com.br
Autor(a): DN Notícias 

 


 

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